domingo, 18 de março de 2007

O RESTAURANTE AMÉRICA NO RIO

Não vá lá esperando algo como Outback ou Joe e Leo´s. Não cometa o mesmo erro que eu. Espaçoso e arrumadinho, o restaurante tá mais para Mc Donald´s metido a besta. O prato que eu e meus pais pedimos (foram três pratos iguais) parecia muito bom, com um pedaço de picanha e massa com molhos a escolher. Porém, depois de mais de meia hora de espera, o que nos aparece são pedaços de picanha finos como folhas de papel (crime!) e secos, acompanhados de porções de massa com molho ralo.

É, longe do que eu esperava. E olha que eu estava com fome. Algo meio sem sentido eram os garçons, que utilizavam palms para anotar os pedidos, porém tinham dificuldades para entender o que era devil´s food cake (bolo com sorvete). Aliás, a sobremesa até que era boa, o problema é, como já disse, que eu esperava mais do restaurante. Sem um foco de público que eu tenha conseguido identificar, contrataram garçons e garçonetes mais velhos, como no Fiametta, sendo que deveriam utilizar jovens como no Outback e Joe e Leo´s.

Tá, até pensei que a gente deve ter pedido o prato "errado" ou algo do gênero, mas observei mesas alheias e vi que não fugiram à regra. O hambúrger lembrava muito mais um estilo Mc Donald´s, em um prato pequeno, acompanhado de algumas batatas (em nem todos) e molho. Outros pratos eram no mesmo estilo que o meu.

Uma outra mesa próxima também demorou para ser atendida e, assim como a gente, rapidamente terminaram de comer. Para completar, o banheiro estava interditado, o que fez minha mãe procurar o de complexo acesso banheiro do shopping. Posso estar exagerando um pouco, afinal eles inauguraram este mês. Mas, quando saio domingo para almoçar, disposta a gastar para comer bem, espero uma carne generosa, com um bom tempero e molho (precisa ter gosto!) e uma massa, caramba, também com um bom molho. E tanto tempo de espera pelo prato é deselegante. Até porque a comida é de fast-food.

É, dêem alguma chance chance para esse restaurante, deve ter algum motivo para a sua expansão, mas eu vou para a fila do Outback. Vale a pena esperar.

sábado, 10 de março de 2007

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Este anúncio veiculado no jornal O Globo não poderia ser mais oportuno. Ele aproveitou o meio jornal de uma forma criativa, colocando a Liquidação do Lápis Vermelho do BarraShopping como uma notícia do caderno de Economia. Ele também aproveitou o dia internacional da mulher, já que são elas que normalmente fazem compras, e anunciou na área de Economia, para mostrar que as mulheres trabalham, mas não deixam seu lazer. Uma idéia simples, “riscando” o jornal de vermelho, e que chama a atenção do leitor para que ele veja do que se trará. Em uma passada de página, vê-se o jornal todo riscado de vermelho, o que nos faz voltar a página e observar do que se trata. Daí, lemos embaixo: “De repente, todas as outras notícias perderam a importância”. Esta frase tem completa ligação com o visual do anúncio. Ele foi muito bem estruturado para passar a idéia de como é importante esta liquidação e, logo, alguém informado que lê o caderno de Economia não pode perder. A utilização da linguagem do jornal foi muito bem pensada, procurando ter uma profunda ligação com esta forma de veículo.



E este anúncio da Chevrolet, ao colocar uma grande foto de uma mão feminina com uma chave de carro na mão, prende a atenção do leitor. Vê-se primeiramente a imagem e depois lemos a frase “Toda mulher adora ganhar uma jóia”. A chave do carro, claramente fazendo analogia com um anel, valoriza a mulher moderna, que trabalha, dirige, mas não deixa de ser mulher. É anúncio que se diferencia de outros do gênero, pois a foto do carro só aparece embaixo e pequena, enquanto em outros anúncios o que se encontraria em destaque seria o automóvel.

quarta-feira, 7 de março de 2007

FALSA BELEZA

Assisti a este comercial da Dove que simplesmente resume o que a publicidade faz para vender seu produto. A realidade da propaganda é surreal, é um mundo perfeito, a beleza da mulher do anúncio é construída, jamais alguém conseguirá ser igual a ela. Além dela passar por uma fase de maquiagem e escova intensivo, a foto dela é tratada no photoshop para conseguir uma maior perfeição. Sim, é isso que a publicidade faz. Ela pega a realidade, trata muitas e muitas vezes e a transforma em algo bastante atraente para associar o seu produto e conseguir vendê-lo. A Dove, com esse comercial, mostra para as pessoas que não é essa a beleza que devem perseguir, não é isso o mais importante. Não há caminho dessa beleza artificial ser mais importante do que cada um possui, pois aquilo não existe, foi cuidadosamente construído. A publicidade se utiliza do padrão de beleza e o fortalece para vender o produto. A Dove faz o contrário. Ela discorda disso, ao mostrar a falsidade disso, e assim, se destaca diante de outras empresas de produtos de beleza. O consumidor não se sente mais intimidado diante de belas modelos de comerciais, mas passa a desconfiar dos concorrentes de Dove e, conseqüentemente, não acreditas mais nas promessas de embelezamento e rejuvenescimento deste. Diferentemente, dos outros, a Dove não promete uma beleza que só é alcançável por programas de computador, mas defende a beleza de cada um. Lindo, não?

terça-feira, 6 de março de 2007

SIM, EU PRESTO ATENÇÃO


A minha fascinação pela propaganda me fez iniciar este blog. Como aspirante a publicitária (mais precisamente, diretora de arte) observo anúncios, comerciais, outdoors e, em todos eles, percebo que eles refletem alguma característica cultural, comportamental da sociedade em que vivemos. A propaganda, por não ser uma "diversão" procurada pela maioria das pessoas, deve chamar ser uma comunicação que invada a vida das pessoas e isso só é possível quando ela entende o público e é criativa. Talvez, posteriormente, eu deseje analisar outras formas de comunicação, mas provavelmente a publicidade irá ser mais analisada. Publicidade é a área de comunicação que mais me atrai, mas admiro-me pela comunicação em geral.


O primeiro comercial que aqui analiso para algum improvável louco por publicidade é o recém-lançado "Chevrolet de cinema". Ele utiliza de maneira eficiente a linguagem cinematográfica para chamar a atenção. Isso é muito possitivo, há muita criatividade na idéia. O carro é utilizado como a forma de escapatória do belo casal e, em off "Uma máquina de realizar sonhos", só confirma isso. E o clássico final feliz do casal, assim como em muitos filmes hollywoodianos. Dessa forma, o comercial é mais atraente para o público, e marca a campanha Chevrolet com um criativo diferencial.


Essa adaptação de linguagem é bastante saudável para a propaganda, pois ela está com obstáculos cada vez maiores para ser atraente. Considero esta campanha criativa e inovadora no que se trata de comerciais de carro, no qual o destaque normalmente se encontra nos preços ou então na demonstração de potência do carro em uma bela paisagem. Vá para este site para ver o comercial: http://www.portaldapropaganda.com/vitrine/tvportal/2007/03/0003